quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Nossas mentes não evoluíram para a versão 2.0

Hoje à tarde, vi uma promoção na internet que interessava a uma amiga e liguei pra ela pra contar.

Eu: "Oi, tudo bem? Seguinte: eu tava aqui vendo o site tal e tem uma promoção..."
Ela: "Ai, droga, tô aqui enrolada com a máquina, acabei de colocar o cartão (pausa); que merda!"
Eu: "Cuidado, senão o caixa eletrônico pode querer se vingar de você e engolir o seu cartão. Então, como eu ia dizendo..."
Ela: "Uma promoção, é? Qual (pausa de novo)
? Agora ela tá me pedindo pra clicar na função; eu já escolhi a função!"

Ainda continuamos nesse papo de bêbado por mais alguns minutos, passei a tal informação (que eu não tenho certeza se ela assimilou, graças à batalha contra a máquina do banco) e desligamos.

À noite, outra amiga me ligou e começamos a conversar. Eu contava uns causos pra ela enquanto lia os tutoriais da Apple sobre como restaurar os padrões do iPod (que estava com uma maldita luzinha piscando sem parar) e falava com dois amigos no MSN até que... silêncio. Eu não conseguia assimilar todas aquelas informações ao mesmo tempo. Interrompi as atividades online e retomei o fio da meada no telefone, depois de um "o que é que eu tava dizendo mesmo?".

Ao contrário do maravilhoso mundo da tecnologia e da microinformática, em que zilhões de processos acontecem simultanea e independentemente, o nosso raciocínio tem certas peculiaridades e limitações. Às vezes, chega a ser um alívio lembrar disso, porque a gente acaba tentando acompanhar o ritmo avassalador de informações circulantes e simplesmente não consegue. Nós não somos sistemas de conversão e leitura de dados infindáveis, nós interpretamos o que recebemos de forma diferente. Nem adianta tentar trocar o processador: alto risco de bug.

Um comentário:

Anônimo disse...

será que eu desbloqueei o cartão de crédito? eu espero que a máquina não tenha entendido esta informação. isto é perigosíssimo.