terça-feira, 2 de novembro de 2010
sábado, 16 de outubro de 2010
Colocando o barco pra navegar
Mas aí eu penso e repenso mil vezes. Como viver longe da minha família daqui? E dos meus amigos, essa família tão unida que foi ganhando cada vez mais agregados ao longo do tempo? Sinceramente, eu não sei. Que a vida seguiria seu ritmo e, aos poucos, uns iam se mudar, outros iam casar e ter filhos, que a gente não estaria tão perto quanto hoje, disso eu já sabia.
Só não sabia que eu seria a primeira a partir. Pode ser que eu fique fora só um mês, mas foi o que faltava pra cair a ficha de que as coisas vão mudar muito, pra mim e pros outros e que esse é só o começo. Mesmo assim, sinto que preciso aceitar o desafio e viver essa experiência. Cadê o manual de instruções? E o Ctrl + Z?
domingo, 10 de outubro de 2010
O grande amor que nunca foi
Já faz um tempo. Eu tô bem e você também. É o que parece, mesmo que "bem" seja ter escolhido não ultrapassar os limites do território seguro. Mas de vez em quando, ao acaso, não consigo deixar de me perguntar: "e se?"
domingo, 30 de maio de 2010
Vícios acidentais ou Eu uso óculos
quarta-feira, 19 de maio de 2010
De quando eu sonhava mais
domingo, 2 de maio de 2010
Carrossel
domingo, 18 de abril de 2010
É complicado
O problema é conseguir enxergar com clareza, porque quando a gente está envolvida com alguma questão que precisa resolver, é difícil se distanciar. Daí a gente fica nessas, sem saber direito pra onde ir, com medo de escolher o caminho errado e se estrepar toda. Lucidez... é de comer?
segunda-feira, 8 de março de 2010
Da série "tem que ver"
O que é o medo? É aquele frio no estômago? A insônia inesperada? A crise de choro? É o que nos paralisa ou o combustível pras nossas mudanças?
Pensando nisso, lembrei de um filme delicado e despretensioso que vi há uns anos: Minha Vida Sem Mim, dirigido pela Isabel Coixet. Nele, uma jovem de 23 anos, casada com o primeiro homem da sua vida, com duas filhas pequenas e vivendo em um trailer, descobre que tem uma doença terminal. Brabeira, né? Depois do choque inicial, o que ela faz é criar uma lista de tudo o que quer fazer antes de morrer e começar a pôr os planos em prática, serena e obstinadamente.
Como protagonista, está a ótima Sarah Polley. O elenco traz ainda Mark Ruffalo, Scott Speedman, Debbie Harry (sim, ela mesma, a vocalista do Blondie) e Maria de Medeiros. Pra completar, uma das trilhas sonoras mais lindas desse mundo. Só pra dar o gostinho, taí o trailer, ó:
segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010
Médio, mediano, medíocre
quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010
Pra dizer a verdade
"Então, vamos marcar alguma coisa?", ele disse. Respondi: "Olha, sabe que que é? Na verdade eu tô vendo que isso não vai dar certo, você já deve saber disso também, então a resposta é não. Vou ficar em casa fazendo a sobrancelha que é mais jogo". Mentira. Falei: "Claro, vamos sim. Que horas?".
Posso discutir com alguém, me magoar e chorar até desidratar as glândulas lacrimais, mas se encontrar com a pessoa por aí, vou segurar o sorriso no rosto e dizer: "Imagina, tô ótima!". E quantas vezes a gente não ouve alguém dizendo que não tá nem aí pra fulano, que quer mais é que o fulano vá pras cucuias, daí no instante seguinte lá está a pessoa toda resignada e cheia de amores? Quem nunca foi a algum lugar só porque os amigos insistiram e depois ficou com cara de bunda o resto da noite?
A gente curte dizer que faz e diz o que quer, que é transparente, mas a verdade é que às vezes a gente não segura o tranco de simplesmente ser sincero com o que sente. Acaba dizendo e fazendo exatamente o contrário do que quer, muitas vezes sem sequer perceber. Será medo? Orgulho? Autoproteção? Seria por esperança de que o que a gente diz passe a ser o que se pensa? Ou, talvez, que a nossa intuição esteja errada dessa vez? Sejamos francos: franqueza é coisa pra heróis e heroínas.
domingo, 24 de janeiro de 2010
Com a cara e a coragem
domingo, 10 de janeiro de 2010
O mundo, sorrindo, se enche de graça - reloaded
Imaginem a cena, situada nos idos de 1962: Tom e Vinícius estão sentados numa mesa do Bar Veloso, curtindo a brisa da praia e vendo Helô Pinheiro passar, no esplendor de sua juventude. Seus cabelos balançam suavemente com o vento e a beleza da moça deixa todos embasbacados, hipnotizados com a imagem. A atmosfera do momento é tão envolvente que a dupla se sente inspirada para compor e daí nasce Garota de Ipanema.
Corta pra 2010. É janeiro, um verão infernal. As pessoas suam, grudentas, pingando pelo caminho. O calorão e a muvuca da praia as deixam de mau humor, então todo mundo está meio nervoso. No bar, o que vale é a lei da selva. "Zéééé, traz mais uma aqui! Ei, você! Eu chamei primeiro, seu merda!". Os lugares em que o ar condicionado parece mais forte são disputados a pontapés. As mulheres se abanam, improvisando leques com a revista da semana. Os homens, resignados, cultivam círculos úmidos debaixo do braço. As filas da Sorveteria Itália e do Yogoberry são intermináveis.
Um grupo de rapazes está sentado num boteco perto do calçadão, conversando, bebendo cerveja e, é claro, suando. Saindo da praia, vem uma bela jovem, caminhando naquela preguiça característica do momento. Seu rosto é suave e, como o corpo ainda está molhado pelo último mergulho no mar, ela está só de biquíni e chinelo, na esperança de secar até chegar do outro lado da rua. Um dos caras percebe sua aproximação e cutuca os outros. Um deles vira na direção da moça, que agora passa ao lado do bar, e susurra "Hummmm... te chupava todinha!". É, outros tempos (quem sabe não rendia um funk?).