quarta-feira, 15 de outubro de 2008

2008, uma odisséia na Barra da Tijuca

Eu e a Barra sempre nos demos muito bem: eu aqui e ela no canto dela. Láááá depois de subir o Alto da Boa Vista com o estômago revirado e os ouvidos tapados pela pressão, naquele pedaço de terra que se separou de Miami e veio flutuando sobre o mar até parar aqui. Eu, acostumada em andar tranqüilamente pelas calçadas cheias de lojas, prédios com consultórios médicos, farmácias, bancos e camelôs atrapalhando o fluxo de pedestres, não consigo entender a lógica daquele bairro. O mais esquisito é que estão todos se mudando pra lá: emergentes, sedes de empresas, até meu dermatologista deve se estabelecer de vez na Barra daqui a pouco. Com isso, as idas pra lá têm sido mais e mais freqüentes a cada dia que passa.

A Avenida das Américas é uma via sem fim, ocupada por centros comerciais e supermercados gigantescos. Quem está a pé sofre para fazer algo simples como atravessar a rua ou simplesmente flanar. Flâneur, na Barra, tem que ter treinamento de maratonista e andar com cantil e barrinhas de cereal. Os condomínios são verdadeiras fortalezas vigiadas 24 x 7, imensos e com toda a infra-estrutura necessária para a sobrevivência. Há uns anos, passou no Fantástico uma matéria com um grupo de adolescentes que NUNCA (jamais) tinham saído da Barra da Tijuca, então o repórter foi fazer um passeio (safari?) com os teens pelo Centro da cidade. É o próprio panóptico posto em prática.

E a praia? Bem, a praia de lá é uma delícia. Mas sempre me dá a impressão de ser uma praia cenográfica, não tem muito cara de praia pra mim. Pensando bem, os nativos da Barra também me parecem ser figurantes da Malhação ou de alguma novela das 7. Eta lugarzinho esquisito...

Contemplemos o futuro:




2 comentários:

Amandla Awetú disse...

uaguhahahuha..pode crer..
Burguesia emergente, essa da Barra!uahauh

Luanda Lima disse...

Note que eu nunca disse isso,rapazinho...