terça-feira, 14 de outubro de 2008

Dá-lhe

Ela não era mais uma teenager com ares de lolita quando começou a fazer sucesso. Pelo contrário, já entrava na casa dos 30, enfiando o pé na porta com a sua voz rouca e uma guitarra folk, entre a rebeldia rocker e o romantismo. Sem grandes pretensões (e às vezes só com um violão), a escocesa KT Tunstall foi chamando a atenção de quem já não aguentava mais a hegemonia das pseudo-divas do pop e esperava por alguém diferente e autêntico para agitar o cenário musical. Aqui, a cantora ainda é pouco conhecida, quando alguém lembra dela é só por "Suddenly I see" (aquela do comercial da Claro, sabe?) e olhe lá.

Até ela chegar ao meu discman (é, eu ainda usava esse aparelhinho jurássico na época) ainda demorou um tanto, mas daí em diante não parei mais de ouvir a moça. Desde a lentinha "Other side of the world" até a (como eu posso adjetivar?) "Black horse and the cherry tree", as faixas do primeiro cd ("Eye to the telescope") viraram presença cativa nas minhas setlists. Para eu me convencer a ouvir o álbum mais novo ("Drastic Fantastic"), que de cara não curti muito, foi mais demorado, visto o meu apego pelo outro. De umas semanas pra cá, comecei a ouvi-lo com mais persistência e não é que tô adorando também?


Um dia, passando perto do Canecão, pensei "poxa, ela bem que podia vir tocar por aqui, hein? Ah, mas mesmo que ela venha, deve ser lá pros confins da Barra". Poucas semanas depois, garimpando a programação do site da tal casa de shows, hiperventilei (como escreve o pessoal do "Te dou um dado?"): KT Tunstall vai se apresentar lá dia 16! O ingresso para a pista (porque assistir a show sentadinho é frescura) já está garantido e guardado na agenda. Já chegou a hora? E agora?


KT na apresentação que fez sua carreira deslanchar lá na gringa, no programa britânico "Later... With Jools Holland":



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