quarta-feira, 20 de maio de 2009

Om

Outro dia, escrevi aqui sobre a sina de ser passional que, de certa forma, é como um vício: difícil de controlar, dá onda mas, no dia seguinte, faz bater uma tristeza profunda porque raramente a onda compensa os efeitos colaterais. Ao mesmo tempo que sinto que já amadureci em outros aspectos, nesse eu vejo claramente que ainda estou longe de chegar lá.
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Quando eu vejo, já falei, já fiz, já era. E não digo isso como que falando de uma causa perdida, não. Tenho tentado equilibrar emoção e razão, mas vez por outra a balança tende mais para um lado que para o outro e esse bloqueio momentâneo do raciocínio só prejudica a mim mesma no fim das contas.
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E o pior é que tenho a mania de tentar antecipar situações futuras de acordo com a maneira como as coisas vão agora, o que é uma óbvia estupidez. Em vez de ter calma pra acompanhar os acontecimentos no seu ritmo, sofro por antecedência e decido por uma projeção criada por mim, que não necessariamente corresponde ao que virá. Aí, fodeu. Se é auto-proteção ou auto-sabotagem, eu ainda não sei. (atualização em 21/05)
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Mesmo que algumas vezes a impulsividade seja um jeito de dar um passo a mais quando o medo ou a timidez me paralisam, na maior parte do tempo, ela é só falta de juízo. Cinco minutos de reflexão já seriam o bastante pra chegar a uma conclusão sensata, levando em conta muito mais que o desejo imediato. Como diria a minha avó, vontade é uma coisa que dá e passa. Se não passar, aí já é outra coisa.
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E, sim, isso é um mea culpa.
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Um comentário:

Vera disse...

Ah, meu bem... também sofro com isso. Acho que é um mal que afeta muita gente. Né não? Mas vamos vivendo assim. Uma hora a gente aprende. Até lá, vamos tentando ;-)

Beijo!

PS: tenho uma amiga que adora esta banda.