quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Vagando pela Paissandu


Hoje assisti a "Uma garota dividida em dois" depois de, como de costume, me perder no caminho do Estação Paissandu (e só conseguir chegar no cinema com a ajuda de uma transeunte bondosa que me mostrou o rumo certo).
Resumão: Uma jovem, linda e loura apresentadora de TV se apaixona por um escritor consagrado, 30 anos mais velho e casado, enquanto é assediada pelo milionário e desequilibrado herdeiro de um grande laboratório farmacêutico (que, by the way, é obcecado pelo rival e passa meio filme fazendo ceninhas sarcásticas quando o encontra).
Os protagonistas, no entanto, são a vulgaridade e as obsessões presentes nos relacionamentos entre os personagens. A tal apresentadora desempenha o papel de gostosinha da emissora em que trabalha e aproveita a atração que exerce sobre os homens para alavancar a carreira. Mesmo a paixão arrebatadora que ela demonstra pelo escritor parece leviana e simulada.
Este também se apaixona por ela, mas não demonstra nenhuma disposição em abandonar a comodidade do casamento que já dura 25 anos pela incerteza de um relacionamento novo. Além disso, o seu grande talento parece ser fazer citações de autores célebres e parecer um gênio ao invés de construir suas próprias idéias.
Já o outro vértice do triângulo é um jovem mimado cujo interesse pela mocinha aumenta na mesma proporção em que é rejeitado por ela e que tem a obsessão de destruir e desmoralizar o rival, mesmo antes de conhecê-la. O esforço em conquistar a apresentadora também parece ser parte do seu sentimento doentio pelo escritor, que considera uma farsa.
Com 20 minutos a menos de projeção, o filme seria bem melhor mas, ainda que fique um pouco arrastado no final, valeu o ingresso. Ou, pelo menos, a ida ao Big Bi que que fica ali do lado e que tem a melhor vitamina de morango das redondezas. Falando nisso, por que os atendentes de lanchonete cismam em chamar de "morango ao leite" e fazer cara de riso quando eu chamo do outro jeito?

2 comentários:

Anônimo disse...

porque nós temos que parecer adultas e adultos não bebem vitamina. eles também riem da minha cara, lu!

Anônimo disse...

Preferia ter ido ver o filme do Pelé...

F.M.