domingo, 10 de agosto de 2008

Filmes de amor

No sábado, tive um acesso compulsivo cinematográfico e aluguei 4 filmes na locadora. Até agora, vi 3 e falta "Cidade dos Sonhos", que finalmente vou assistir, depois de todo o blablablá sobre ele (falando nisso, a balconista me pediu pra explicar o filme pra ela se eu entender, veja só). Ontem vi "Jules e Jim" e "Amor em 5 tempos".

Fui ludibriada pela capa do primeiro, que eu já namorava fazia tempo. Eu já tinha criado toda uma história na minha cabeça, achava que era uma versão sixties de "Três formas de amar", mas o filme se passa no comecinho do século XX. Os personagens-título são amigos que se apaixonam pela mesma mulher, a impulsiva e volúvel Catherine, mas o interessante é perceber que o laço mais forte é o de amizade profunda entre os dois caras, que nem cogitam a possibilidade de brigar pela mulher. O triângulo amoroso dura boa parte da vida dos personagens e acaba mal, com Catherine jogando o carro em que estava com Jim num rio e deixando Jules sozinho, sem mulher e sem amigo. You bastard!

Já a história de "Amor em 5 tempos" é mais atual e mostra 5 momentos da relação de um casal, partindo do divórcio e indo até quando os dois se apaixonaram. Me lembrou "Brilho eterno de uma mente sem lembranças" e também aquelas reflexões que a gente sempre faz sobre os nossos relacionamentos, que muitas vezes tomam rumos tão diferentes daqueles que pensamos, mas que sempre valem a pena. A gente tem mania de dizer que faria de tudo pra voltar no tempo e não ter conhecido tal pessoa ou tomado tal atitude, mas o fato é que o nosso destino é tatear no escuro eternamente. Numa dessas, a gente pode encontrar a tal felicidade ou passar direto por ela.

Hoje vi "Desejo e Reparação", que é excepcional, mas triste de doer. Basicamente, uma jovem rica e o filho da empregada se apaixonam, mas são separados por uma mentira da irmã dela, que tem conseqüências drásticas na vida dos 3 personagens. Além da trama em si, é interessantíssimo observar a forma como o filme trata a questão dos vários pontos de vista e versões de um mesmo evento.

Coincidentemente, todos os filmes falam de amores perdidos e de como as relações são muito mais complexas na prática do que se pode imaginar. Os sentimentos, a vida, os conflitos, os interesses, as outras pessoas, são tantos fatores que complicam algo que devia ser simples, não? Devia ser apenas eu amo você e você me ama. E foram felizes para sempre.

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