quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Em greve

Vejam que maravilha: a minha programação para setembro era de, basicamente, dar mais atenção à faculdade e procurar um estágio. Pois não é que anteontem, em assembléia, os professores da UERJ decidiram entrar em greve a partir de segunda-feira? Os técnico-administrativos ainda vão decidir se entram no barco ou não. Não discuto que seja um direito legal, que o governo e a reitoria não estejam buscando nenhuma forma racional de diálogo, que a situação é precária, mas que é um baita banho de água fria para os alunos, isso é. 

Sou da comissão de formatura da minha turma e estamos tentando fechar contrato com alguma empresa para fazer a nossa colação de grau em 2010. Será que já vamos ter concluído mesmo o curso em 2010? E mais ainda, será que ainda vai haver UERJ em 2010? Sempre tem um cabeça-de-vento pra dizer "oba, férias!" quando se anuncia uma greve, mas a maioria dos alunos com quem eu tenho conversado está profundamente puta com a situação a que a universidade chegou. Não com os professores ou com os outros servidores, mas com a greve em si, que representa a intransigência e o caos a que chegou a tentativa de obter melhorias justas e ter como resposta muita porta na cara.

Quando cheguei à UERJ, já peguei uma greve, que atrasou o início do semestre em 2 meses, com resultados pífios. Fico me perguntando se a greve, mais uma vez, é a medida de mais impacto para chegar a um acordo viável e satisfatório ou se os únicos a saírem prejudicados serão os alunos e os próprios servidores, com quem o diálogo vai se tornar ainda mais tenso.

Fiquei sabendo agora que os alunos decidiram invadir a reitoria. Estou indo pra lá ver como está a situação, se é coisa séria ou só um motivo pra reunir gente em torno de uma rodinha de violão. Algo me diz que é a primeira opção. Quem quiser acompanhar mais a respeito, convido para dar uma olhada em http://uerjiano.com/ (blog em que escrevo com alguns amigos).

Nenhum comentário: