quinta-feira, 9 de abril de 2009

Aquela camiseta

Há uns dias, eu ia postar um texto todo meloso sobre como uma foto me fez lembrar de outros tempos, em que eu estava enrolada com um cara que não me queria. De quando eu ainda acreditava em amor pra vida toda, alma gêmea, essas coisas. De quando eu ainda não conhecia o cinismo que nasce de uma decepção depois de outra e mais outra. De quando eu não sorria com sarcasmo quando alguém diz "eu te amo" num filme qualquer.

Lembrei que uma vez dormi vestindo aquela camiseta de banda que ele usa na foto, inebriada com a sensação de tê-lo mais perto. Do perfume importado e pedante, que ainda hoje me faz parar na rua vez ou outra, tentando adivinhar quem será o dono do cheiro dele. 

Olhei pra foto, pensei, ri com o canto da boca e a deixei de lado. Era uma lembrança desbotada, de quando eu amava mais e também sofria mais. Hoje, nem mesmo o tal cara pode me fazer sentir o que eu senti em outros tempos. Hoje o texto me pareceu ridículo. Estou a cada dia mais indiferente. Não sei se sinto medo ou alívio.

4 comentários:

Vera disse...

Não permita-se perder a sensibilidade e um pouco da ingenuidade. Sim, até ela - responsável por desilusões - é importante.

Deixe-se humanizar. Eu gosto disso ;-))

Beijo.

*Jessie* disse...

A Moça do Fio que me desculpe. Mas no seu lugar, Lua, eu sentiria alívio.

Ok... confesso que sou suspeita pra falar! rs

Ingrid_Yetzirah disse...

"O curso do verdadeiro amor jamais flui suavemente." William Shakespeare

Duvido que ele exista. Para ser sincera se algum dia me provarem que esse curso exista viro dona de casa. E até penduro as ceroulas na corda. Como nenhum ser humano é capaz de me provar a existência de tal. Te dou a dica: SINTA ALÍVIO!!!

Unknown disse...

ah, o alívio...
lu, não deixe que a indiferença por este cretino afete futuros possíveis amores. estou com a frase "deixe-se humanizar" da moça do fio. bem, seria mais um "humanize-se, mas tenha cuidado para não cair nas mesmas ciladas." é, acho que seria isso.