sábado, 5 de julho de 2008

Feijoada e tartelette

A tarde desse sábado foi uma delícia, daquelas em que parece que os minutos se expandem para comportar tudo o que se quer fazer. Começou na Feira do Rio Antigo, lúdica, animada e convidativa como sempre. Como eu estava desejando comer uma feijoada fazia tempo, parei com os meus amigos no Nova Esperança e aproveitamos com gosto aquela mistura de couve à mineira, arroz branco, feijão, torresmo e tantos pedaços de porco que prefiro nem saber para não ficar culpada.

Ainda ficamos mais um pouco na Feira. A Jennie rindo e fotografando, o Rafa fazendo graça, eu encantada com a tatuagem que a Winnee fez no braço, os moleques desafinados que iam se apresentar na Praça Emilinha Borba, Elizeth Cardoso e Nelson Cavaquinho tocando na vitrola do estande de vinis.

Quando os moleques da Praça ensaiaram uma torturante versão de "Trem das Onze", decidimos seguir pela Praça Tiradentes em direção ao CCBB, para encontrar uma amiga da Jennie. Quando estávamos na esquina, escutamos um samba tocando no Arco do Teles. Vendo a nossa expressão intrigada, uma guardadora de carros disse, sem que a gente nem perguntasse, "ah, esse aí é um samba que tem de 15 em 15 dias". Era destino, o samba, a guardadora e a gente se encontrar essa tarde. Passamos pela rua cheia e sentamos numa mesinha do pra beber uma cerveja e escutar o grupo que tocava aqueles sambinhas antigos que dão uma malemolência só, um remexer involuntário de ombros quando ainda se está sentado na cadeira.

Terminada a garrafa, seguimos finalmente para o CCBB, para ver a exposição sobre o centenário da imigração japonesa no Brasil. Linda de morrer, cheia de idéias inteligentes, quimonos, mangás, artigos de porcelana, artefatos de guerra, origamis, fotos de passaportes. Um sonho nipônico. Para completar, a tal amiga da Jennie era uma comédia e ainda tinha um filho que dava vontade de levar para casa de tão fofo (e olha que eu tenho lá as minhas reticências com crianças). Deu vontade coletiva de beber um café, mas o salão de chá estava lotado. Sugeri a Brasserie Rosário, ali na esquina.

Hum...Capuccino, tartelette de chocolate branco com frutas vermelhas, jazz tocando ao fundo naquele café charmoso e aconchegante (apesar da garçonete fazer questão de demonstrar que queria fechar logo o caixa para aproveitar o sábado à noite). Conversamos, rimos e depois fomos pegar o ônibus para seguir as nossas respectivas casinhas, todas serelepes. Era o que faltava para coroar a tarde excepcionalmente divertida e que, de outra forma, poderia ter sido bem mais vazia, solitária e sem graça. E viva o Centro!

3 comentários:

Unknown disse...

Uepaaaa! Tarde maravilhosa com eventos bons e de graça! hahahaha! A Fell é uma comédia mesmo e o Caio um fofo! Quero repeteco!

Beijos e te amo, ném!

PS: Você faz toda a diferença!

Anônimo disse...

Eu também adoro o centro. Ele sempre convida a nos perdermos em suas ruelas, corrija-me se não for mais ou menos isso...

Você me motivou a sair de casa e foi ótimo! Pena não termos ficado mais juntas... Mesmo assim, valeu o passeio...

Beijo enorme, ó!

Luanda Lima disse...

Definitivamente faltou sua companhia sempre doce e divertida!
Mas vamos ter mais oportunidades de nos ver (só não no Cachaça de amanhã, porque a pobreza bateu a minha porta, ou melhor, entrou metendo o pé, como eu já tinha te falado).
Beijão grandão procê também...