segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Médio, mediano, medíocre

Conheço gente que trabalha fazendo exatamente a mesma coisa há anos, mais por comodismo que por vocação. Gente que acorda e dorme todo santo dia ao lado de quem não ama. Ou será que ama? Já nem se sabe mais. Não estou falando daquelas pessoas que vivem assim conscientemente, mas das que se acostumam a não exigir da vida. Que sentem conforto em levar a vida em banho-maria, em ter uma boa ideia de como vai terminar o dia, o mês, o ano e assim por diante.
Dos que ignoram o prazer de se aventurar no abismo, de vez ou outra apostar no incerto, de ultrapassar a zona segura em volta de si, dos que preferem ficar embaixo da marquise a tomar sereno. A vida é mais segura assim, verdade, mas será que vale a pena manter os limites assim tão rígidos? Dá até uma pontinha de inveja de vez em quando - afinal, os ignorantes parecem mesmo ser mais felizes -, mas no fim das contas o meio-termo não é tão vantajoso quando a gente sabe que pode muito mais. Melhor mesmo é voar livre feito passarinho.

3 comentários:

Anônimo disse...

Luanda...eu adoro a Nina Simone...e seu tom certeiro...

è sempre bom sair de nossa zona de conforto...e voar um pouco mais alto...

Beijinhos
Leca

Rafael Castellar das Neves disse...

às vezes também me pego pensando nessas coisas. Como será viver dessa forma? Condicionados a uma rotina massante, mas talvez aceita como invariável....se eu um dia me vir assim, me interne, tá?

Abraços....

Anônimo disse...

amo essa música.