Ele está escondido no fundo do armário, do lado direito, atrás dos casacos. Dentro de uma sacola amarela de livraria. Ainda embalado com papel de presente dourado e etiqueta com o nome do então aniversariante (o cartão eu já joguei fora). Quanto ao livro dentro da sacola, eu simplesmente não sei o que fazer.
A ideia - ai, que tentação de colocar um acento em cima desse "e" - mais lógica seria ficar com o dito-cujo mas, mesmo depois desses meses todos, ele ainda traz ecos daquele misto de amargura e desesperança dos amores frustrados.
A sensação, agora, é bem mais branda, mas continua lá. Simplesmente entregar pra algum amigo algo que escolhi pensando em outra pessoa me parece cínico, não sem contar a trajetória dele, mas daí vem aquela sensação de novo e dá preguiça. Chegou a temporada anual de me livrar daquilo que não me serve mais, então...
...Bukowsky em quadrinhos, quem quer?
3 comentários:
eu não acho cinico, não senhora! me dá isso que eu faço bom proveito, se ele não fez por merecer eu faço!
Eu tb faço!
Eu quero !!!!!
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