Os participantes não são bobos e não esquecem um segundo que estão sendo observados o tempo inteiro por espectadores que têm o poder de levá-los da pindaíba para uma vida com bem mais conforto material, sem falar nas entradas vip de festas cheias de subcelebridades. Além disso, as oito edições anteriores foram uma espécie de módulo de "edição de vídeo for dummies" e ensinaram bastante sobre o comportamento do público brasileiro. 150 pontos para a mocinha que diz ter passado fome na infância e -10 para o cara que foi pego articulando jogo duplo.
Não é novidade que o dia-a-dia dos brothers acaba se tornando uma novela, em que é claro o delineamento de quem é o mau-caráter, o pobre sofrido, o manipulador, o fofoqueiro, o vira-casaca, o gente boa, o casal fofo, entre outros estereótipos da cultura BBBística. O que é lindo de ver é como os participantes são ligados à família. É só aparecer na tela aquele grupinho segurando uma faixa gigante e usando camisetas com a foto do indivíduo para que este comece a chorar copiosamente ajoelhado em frente à TV gritando "mããããe, paaaai, eu amo muito vocês" (intercala com soluços emocionados). Realmente tocante.
Esse ano, para completar a bizarrice da coisa, quatro pessoas que tentam uma vaga na casa estão num aquário no Via Parque, tentando convencer o público com beijos ao vento e corações desenhados no ar (conforme escutei de uma amiga que esteve por lá), afinal, é uma chance rara de ganhar um milhão de reais por fazer... o que mesmo? Ah, sim, e de alcançarem o estrelato pelos mesmos motivos.
Um comentário:
E eu sou paga para escutar estas bizarrices. Sinceramente, eu ainda não sei se isso é bom ou ruim.
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